O Fluminense acertou com o Zenit, da Rússia, o empréstimo do meia Claudinho, mas a negociação esbarrou em Jhon Arias, que não deseja se transferir para o futebol russo.
Em entrevista coletiva no CT Carlos Castilho, o presidente do Tricolor, Mário Bittencourt, revelou detalhes do acordo que quase levou Arias ao Zenit e trouxe Claudinho por um ano ao clube carioca:
“Tivemos uma proposta do Zenit, que nesta janela tenta levá-lo para lá, mas ele disse que não quer jogar na Rússia. A proposta do Zenit sempre foi a melhor financeiramente para o Fluminense e para ele. Mas ele sempre deixou claro que não quer jogar lá. Não tenho absolutamente nada, como a operação não aconteceu. O Zenit chegou em um valor, achei que não seria interessante e contrapropus o Claudinho. E o Zenit aceitou a vinda do Claudinho para cá por um empréstimo de um ano, pagando parte do salário dele. É um jogador muito caro, com um salário alto. Fluminense e Zenit chegaram em um denominador comum de que, se a gente perdesse o Arias, tínhamos um acordo para ter o Claudinho aqui.”
Segundo o dirigente, a recusa de Arias em atuar na Rússia impede o avanço das tratativas.
O meia colombiano já havia recebido uma proposta de valores semelhantes à que o Galatasaray apresentou na janela anterior, mas não demonstrou interesse em seguir para o Zenit.
Renovação de Arias e propostas da europa
Mário Bittencourt também falou sobre a renovação de Arias. O atacante tem contrato até 2026, mas não esconde o desejo de jogar na Europa.
O Fluminense mantém uma proposta de extensão contratual, ao mesmo tempo em que se mostra disposto a ouvir ofertas para uma saída em dezembro.
Apesar disso, o presidente tricolor reforçou que não pretende negociar o atleta com clubes brasileiros:
“- Nós vamos estar abertos a propostas. Que sejam boas pra ele sair em dezembro. Não temos nada de concreto no momento. O Arias é um jogador que olha muito pro projeto, pro que ele quer da carreira. O que eu posso afirmar é que pro Brasil eu não vendo. Ele tem contrato até agosto de 26. Ele recebeu proposta pra ficar mais quatro anos, e a proposta ainda está de pé. Ele é um jogador que fizemos um investimento baixo. Não olhamos ele como um uma moeda de troca, mas sim como um ídolo do clube. Mas ele tem esse sonho, tem esse desejo. Ele tem o sonho de morar fora do Brasil, criar a filha fora do Brasil. Se ele for, ele vai voltar pra cá. Possivelmente ele vai sair. Não quis renovar no ano passado, as coisas mudam. Mas se ele sair, que seja feliz.”
O dirigente ressaltou ainda que, se houver uma transferência, o Fluminense planeja lucrar e, ao mesmo tempo, satisfazer o desejo do jogador de construir carreira no exterior.