Revolução na base, entenda o que José Boto fez na base do Flamengo

As mudanças implementadas nas categorias de base do Flamengo, desde a chegada da nova gestão, têm causado grande impacto. 

Sob a liderança de José Boto, o clube promove uma reformulação profunda, incluindo demissões em massa e alterações metodológicas para unificar modelos de jogo, valorizar jovens talentos e estabelecer maior liberdade para os futuros profissionais.

Reformulação geral

O primeiro passo foi desmontar todo o departamento médico, seguido pela demissão de quase 30 funcionários, incluindo treinadores do sub-11 ao sub-16. Novos cortes estão previstos para as próximas semanas. 

Atualmente, o clima é de incerteza, já que o trabalho da base envolve dois grupos distintos: um na Copinha e outro no Carioca.

Vários atletas também foram dispensados, com novos desligamentos previstos. 

A diretoria considera que havia excesso de jogadores e pretende reduzir as categorias do sub-11 ao sub-17. 

Apesar dos títulos recentes, o formato de trabalho dos últimos anos foi avaliado como ineficiente, justificando a busca por mudanças significativas na formação de atletas.

José Boto: A mente por trás das mudanças

Embora não tenha participado diretamente da reformulação do departamento médico, José Boto conduz as demais decisões em conjunto com a nova diretoria. 

Uma das constatações iniciais foi o “inchaço” de funcionários em todas as áreas, com muitas pessoas exercendo funções semelhantes.

Por isso, o objetivo é reduzir ao máximo o quadro de pessoal no CT, tornando os processos mais ágeis e eficientes.

Para reforçar essa estratégia, o Flamengo posicionou profissionais de confiança em cargos-chave.

Carlos Noval assumiu a gerência da base, enquanto Kadu Borges — ex-coordenador técnico da base do Botafogo — chegou como gerente técnico-metodológico.

Até o momento, foram poucas contratações para repor as vagas abertas pelas demissões.

Nova estrutura e interligação com o profissional

Outra iniciativa de José Boto foi trazer Alfredo Almeida como assistente, responsável pela parte técnica e observação dos atletas. 

Ele atuará como elo entre a base e o profissional, reportando diretamente ao diretor português.

O objetivo principal consiste em unificar o modelo de jogo de todas as categorias, estabelecendo uma identidade única, do sub-11 ao profissional. 

Essa meta explica a dispensa de treinadores, coordenadores e supervisores envolvidos tanto no futebol de campo quanto no futsal.

Com o time que disputa o Carioca, há uma solicitação para que Filipe Luís e Cleber dos Santos mantenham contato diário. 

Cleber foi indicado por Carlos Noval, mas seu futuro no clube ainda é incerto devido às diversas mudanças. 

Como o sub-20 participará em breve de competições importantes, como a Libertadores, a diretoria estuda a melhor maneira de proceder com eventuais alterações adicionais.

O Flamengo passa, portanto, por uma ampla reconstrução em suas categorias de base. 

A coordenação entre as divisões inferiores e o elenco principal era uma demanda recorrente, e José Boto, ao lado de sua equipe, visa implantar um DNA de jogo, gestão e aproveitamento de atletas unificado. 

Nos próximos meses, a expectativa é de que as transformações continuem, moldando um novo panorama para a formação de talentos no clube.

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